terça-feira, 20 de maio de 2008

Na era digital...

Na era digital, nada mais natural que a arquitetura se valesse de ferramentas eletrônicas para fundamentar-se. Antes era dito que arquitetura só é arquitetura quando construída, pois, só era vista quando ganhava um formato em terceira dimensão que lhe permitia ser lida e interpretada. Hoje esse formato tridimensional pode ser alcançado de maneira fácil, até para os menos informatizados. O computador é a prancheta moderna, e diversos programas são as ferramentas que substituem os esquadros e compasso. A possibilidade de formas é infinita, não estamos mais cerrados as linhas retas. Um exemplo extra moderno da utilização dessa ferramenta é o que Greg Lynn faz, ele tem como intuito principal a introdução do computador como importante instrumento de concepção na arquitectura, tem-se dedicado muito mais à investigação e experimentação do que propriamente à pratica do projecto.
Painéis individuais foram interligados uns aos outros, de modo que uma mudança em um dos painéis pode ser transmitida para todos os outros do conjunto. O volume é definido como uma superfície suave e flexivel de curvas, e não um conjunto fixo de pontos rígidos, e ao invés de cortar janelas e abrir portas nessa superfície, uma alternativa estratégica foi criada. As aberturas nos painéis respeitam as curvas e a geometria suave, e cada protuberância ou concavidade é discretamente integrada na superfície. As partes das curvaturas do invólucro são feitas de madeira, polímeros e aço, todos fabricados através de computadores robóticos e de uma máquina cortante a jato de água de alta pressão. Essa é a Casa Embrião.
Outro arquiteto é Marcos Novak que inclui discussões sobre arquitetura e virtualidade e ensaios cruciais na emergente teoria da 'Arquitetura Cibernética'. Com o termo TRANSARQUITETURA, passou a propor um novo olhar sobre a fronteira entre mundos concreto e virtual. Por este prisma, concebe-se algoriticamente modela-se, constrói-se roboticamente , habita-se interativamente, através de imersão , socializa-se globalmente .
O desenvolvimento de uma forma sem precedentes de espaço digital urbano e arquitetônico, um espaço público global e sem existência física. Não apenas cria um novo espaço público virtual para a arquitetura, como também altera o modo como habitamos o espaço real.





terça-feira, 1 de abril de 2008

Para Tudo !!!!

Para Tudo!! A uma altura dessas do campeonato, admito fui forçada a parar.

O que acontece é o seguinte, no 7° semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo, me aparece um certo professor versando sobre novas arquiteturas ao redor do mundo que foi intitulada de desconstrutivista.

Até ai você deve está pensando: tudo bem é apenas um novo estilo? Tudo bem nada, desconstrutivismo não é um estilo, não tem uma lógica formal, como estamos acustumados a lhe dar com arquitetura, e pra completar o cenário o professor é uma peça impar, esses tipos que se lê simples mais quando abre a boca é puro intelecto. Captou. A cabeça do cara é capaz de dar partida em um concorde, são dez milhões de palavras-pensamentos uma loucura, numa só aula, alunos perplexos, é admirável.

Então você pensa – Acabou é só um novo professor vocês se acostumam! Acabou HaHaHá... acabou nada, ta só começando, o cara diz elegantemente na sala, que não haverá prova te passa um lista de nomes fantásticos de arquitetos também fantásticos e diz – Se vira: faz o que quiser –

Então... Conecto a internet e vou direto para o bom e velho amigo google e digito – Daniel Libeskind – e aguardo em busca das respostas... Putz!!!

PARA TUDO OLHA O QUE O CARA FAZ !!!





Denver Art Museum


Rom Crystal



Royal Ontario Museum


Royal Ontario Museum's



No primeiro contato surge o sentimento de admiração, imagine você andando pela rua e se deparando com uma arte arquitetônica dessa magnitude, a perplexidade diante do imprevisível, totalmente incerto uma lógica que quer comunicar mais que um mero objeto. Onde está a porta quero entrar. Quero sentir, respirar esse novo ar que foi proposto, quero caminhar, entender sua espacialidade interna, suas relações com a cidade, sua lógica projetual.

Mas a porta está trancada, acorrentada, não temos acesso a isso. Desesperada digito no goolgle planta baixa, corte ... NADA!! Sou subitamente tomada por uma frustração, um sentimento de pequenez, de insuficiência se adere a minha alma.

Não consigo captar sua lógica projetual, alias nem o próprio criador consegue defini – lá segundo ele ”é algo difícil de explicar. Trata-se do processo de fazer que emergam coisas, algo que te obriga a estar conectado com o espírito do mundo” É ai que as coisas se distanciam ainda mais, entrar em contato com o espírito do mundo que nos rodeia, é entrar em contato com uma lógica quadrada, pouco intelectualizada, pobre física e espiritualmente.

Existe uma grande distância entre conhecer novos perceptos e lê figuras. Os sentimentos não afloram, eles se confundem e acabamos por não entender o que é proposto.


Grande parte dos projetos de Libeskind se constituem em “transformar pathos em arquitetura, ao incorporar a memória sobre os acontecimentos mais traumáticos para a humanidade contemporânea. Diante desse fato “a arquitetura é uma percepção, algo que possui uma dimensão intelectual. “É uma forma de comunicar algo mais, alem da realidade física em que está construída”. Vamos ser realistas, nem sempre é possível comunicar as coisas dessa maneira, o museu judeu, a torre da liberdade e toda a zona zero tem uma força espiritual, tem mundo próprio. Ele constrói uma materialização filosófica de um estado psíquico de uma condição humana.
Esse discurso que a arquitetura é uma tradução da vida, do pulo de um tempo, literalmente fruto de uma inspiração se perde nos próprios projetos retóricos de estética inquestionavelmente libeskiniana, como a sede da Nestlé, o Royal Ontário Museum, Teatro Grand Canal
nos quais a intenção é fundamentalmente impressionar,
se destacar, causar efeito.

Ninguém há de questionar aqui a maravilha que é uma arquitetura libskiniana, mais no universo que nos permeia aqui ou em qualquer lugar do mundo não da para ficar só adquirindo uma sólida reputação teórica enchendo arquitetura de romantismo e sentimentalismo. Esse discurso esta condenado a encalhar-se em si mesmo quando ele cria roupagens arquitetônicas aplicáveis em qualquer tempo ou lugar, carimbos, pastiches, chamem do que quiser não importa o que quero dizer é que Daniel Libeskind teve um surto criativo, desenvolveu uma metodologia projetual que lhe é única e que isso se incorporou aos seus projetos sem necessariamente está indo alem da realidade física que está sendo construída.

























quinta-feira, 27 de março de 2008

PARQUE LA VILLET




Com um projeto vinculado ao deconstrutivismo tendência arquitetônica heterodoxa, efêmera, e de certo modo confusa, mas que sacudiu a produção internacional dos anos 80 e 90. Contudo, isto seria reduzir significativamente a articulação de idéias propostas por Tschumi, que resgata idéias como a do jardim francês recuperando o racionalismo geométrico, com traçado em xadrez, e base compositiva; e o jogo espacial dos volumes que marcam os nós do traçado xadrez. Além dos indícios deconstrutivistas, também se pode notar algo de high-tech em certos elementos especificamente arquitetônicos do parque, e isto não é simplesmente pelo uso do aço como material construtivo em tais objetos.
De todas estas referências, o que de fato se percebe é a inspiração racionalista que norteia o projeto: toda a composição está subordinada a um jogo de planos, linhas e pontos. Os planos definem os diversos espaços do parque, enquanto as linhas conformam os percursos, sejam eles terrestres ou fluviais, sendo, finalmente, os pontos ou nós da composição marcados por vários pequenos edifícios, metálicos e na cor vermelha.


terça-feira, 25 de março de 2008

MUSEU DO HOLOCAUSTO - PETER EISENMAN



Para projetar o Museu do Holocausto, Peter Eisenman definiu o lema “recurso” como idéia arquitetônica e considerou secundária a função social da construção. Utilizou o solo como esse recurso, utilizando 2700 blocos de concreto de diferentes alturas, cuja topografia se diferencia do relevo do terreno. A meta de Eisenman era colocar o visitante na posição de desorientação das vítimas do holocausto. Assim, a arquitetura proporcionaria às pessoas uma nova experiência espacial, sem recorrer a imagens. O que contradiz a teoria de Eisenman, no entanto, é a força iconográfica de um campo de lápides, associado imediatamente a um cemitério, ou seja, uma imagem bastante lapidar do holocausto.











































PETER EISENMAN


“Creio na permanência da disciplina. Creio que sei tanto da disciplina como qualquer outro arquiteto em exercício e, às vezes, me considero também um estudante de arquitetura. Nesse sentido, me considero uma pessoa conservadora. Mas não no que diz respeito ao estilo ou às teorias”.
Peter Eisenman

Peter Eisenman é um dos principais representantes do desconstrutivismo. Criador do “objeto axonométrico” que representa a obra arquitetônica com um nó sintático que valoriza as formas, mas confunde a mente devido à distorção do ponto de fuga. Utiliza muito as formas geométricas e orgânicas em sua arquitetura, cruzando-as entre planos e estruturas, onde vigamentos, perfis e superfícies são rebatidos e cortados.




ARQUITETURA DESCONSTRUTIVISTA

Arquitetura desconstructivista é uma linha de produção arquitetônica pós-moderna que começou no fim dos anos 80. Ela é caracterizada pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear, por um interesse pela manipulação das idéias da superfície das estruturas ou da aparência, da geometria não euclidiana, que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura, como a estrutura e o envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) do edifício.