quinta-feira, 27 de março de 2008

PARQUE LA VILLET




Com um projeto vinculado ao deconstrutivismo tendência arquitetônica heterodoxa, efêmera, e de certo modo confusa, mas que sacudiu a produção internacional dos anos 80 e 90. Contudo, isto seria reduzir significativamente a articulação de idéias propostas por Tschumi, que resgata idéias como a do jardim francês recuperando o racionalismo geométrico, com traçado em xadrez, e base compositiva; e o jogo espacial dos volumes que marcam os nós do traçado xadrez. Além dos indícios deconstrutivistas, também se pode notar algo de high-tech em certos elementos especificamente arquitetônicos do parque, e isto não é simplesmente pelo uso do aço como material construtivo em tais objetos.
De todas estas referências, o que de fato se percebe é a inspiração racionalista que norteia o projeto: toda a composição está subordinada a um jogo de planos, linhas e pontos. Os planos definem os diversos espaços do parque, enquanto as linhas conformam os percursos, sejam eles terrestres ou fluviais, sendo, finalmente, os pontos ou nós da composição marcados por vários pequenos edifícios, metálicos e na cor vermelha.


terça-feira, 25 de março de 2008

MUSEU DO HOLOCAUSTO - PETER EISENMAN



Para projetar o Museu do Holocausto, Peter Eisenman definiu o lema “recurso” como idéia arquitetônica e considerou secundária a função social da construção. Utilizou o solo como esse recurso, utilizando 2700 blocos de concreto de diferentes alturas, cuja topografia se diferencia do relevo do terreno. A meta de Eisenman era colocar o visitante na posição de desorientação das vítimas do holocausto. Assim, a arquitetura proporcionaria às pessoas uma nova experiência espacial, sem recorrer a imagens. O que contradiz a teoria de Eisenman, no entanto, é a força iconográfica de um campo de lápides, associado imediatamente a um cemitério, ou seja, uma imagem bastante lapidar do holocausto.











































PETER EISENMAN


“Creio na permanência da disciplina. Creio que sei tanto da disciplina como qualquer outro arquiteto em exercício e, às vezes, me considero também um estudante de arquitetura. Nesse sentido, me considero uma pessoa conservadora. Mas não no que diz respeito ao estilo ou às teorias”.
Peter Eisenman

Peter Eisenman é um dos principais representantes do desconstrutivismo. Criador do “objeto axonométrico” que representa a obra arquitetônica com um nó sintático que valoriza as formas, mas confunde a mente devido à distorção do ponto de fuga. Utiliza muito as formas geométricas e orgânicas em sua arquitetura, cruzando-as entre planos e estruturas, onde vigamentos, perfis e superfícies são rebatidos e cortados.




ARQUITETURA DESCONSTRUTIVISTA

Arquitetura desconstructivista é uma linha de produção arquitetônica pós-moderna que começou no fim dos anos 80. Ela é caracterizada pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear, por um interesse pela manipulação das idéias da superfície das estruturas ou da aparência, da geometria não euclidiana, que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura, como a estrutura e o envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) do edifício.